sexta-feira, 14 de abril de 2023

'Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China', diz Lula em reunião com Xi Jinping

 Presidentes se reuniram em Pequim, assinaram 15 acordos comerciais e discutiram temas como a invasão da Ucrânia. China é o país que mais compra produtos brasileiros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta sexta-feira (14) em Pequim, em reunião com o presidente da China, Xi Jinping, que deseja aprofundar a relação entre os dois países em diversas áreas nos próximos quatro anos – e que "ninguém" poderá proibir essa aproximação.

Lula cumpre visita oficial ao país acompanhado de ministros e da primeira-dama, Janja. Nesta sexta, os presidentes de Brasil e China se reuniram em um encontro bilateral e assinaram atos conjuntos.

No discurso aberto à imprensa, que antecedeu a reunião fechada, Lula falou em intensificar as relações Brasil-China em áreas como:

  • ciência e tecnologia;
  • intercâmbio de estudantes universitários;
  • relações culturais;
  • estratégias de combate às mudanças climáticas;
  • energia limpa; Produção de Carros e ônibus elétricos. 
"Penso que a compreensão que o meu governo tem da China é de que nós precisamos trabalhar muito para criar uma relação Brasil-China que não seja apenas uma relação meramente de interesse comercial. Se bem que o interesse comercial é muito importante", disse Lula antes de listar as áreas.

A imprensa estatal chinesa afirma que, na reunião fechada, Lula e Xi concordaram sobre a necessidade de diálogo e negociação para encerrar a invasão da Ucrânia pela Rússia, informou a agência de notícias Reuters

"O Brasil tem 80% de sua energia totalmente limpa e está comprometido nesse instante, no meu governo, que até 2030 nós vamos alcançar o desmatamento zero na Amazônia para dar a nossa contribuição à preservação do planeta", continuou.

Lula também usou o discurso para agradecer o apoio da China à eleição da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), o "banco do Brics". O agrupamento comercial reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

"Para nós, é com muita alegria que recebemos o apoio da China para a presidenta Dilma ser presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento. O senhor sabe o apreço que a presidenta Dilma tinha na relação com a China", declarou Lula.


Nenhum comentário:

Postar um comentário