quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

Após fala de Trump, bolsas de NY fecham em alta; Nasdaq renova máxima

O presidente americano apaziguou o tom, afastando a possibilidade de um agravamento das tensões geopolíticas com o Irã
Os investidores parecem se voltar mais uma vez às perspectivas otimistas para o mercado acionário americano, após o pronunciamento do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afastou a possibilidade de um agravamento das tensões geopolíticas com o Irã. Com a melhora do humor, o Nasdaq renovou, nesta quarta-feira (8), a sua máxima histórica, batida no dia 2 de janeiro.

Trump confirmou que nenhum americano foi morto no ataque iraniano deflagrado na noite de terça (7) e disse que o país parece "estar reduzindo a sua ameaça". O presidente americano também anunciou a imposição de novas sanções econômicas contra o Irã, sem dar detalhes, e afirmou que o país "deve abandonar as suas ambições nucleares e o seu apoio ao terrorismo".

Diante desse cenário, o Nasdaq fechou em alta de 0,67%, a 9.129,24 pontos, renovando o seu recorde. O S&P 500 também chegou a operar acima do seu recorde, tocando os 3.267,07 na máxima intradiária, antes de fechar em alta de 0,49%, a 3.253,05 pontos, menos de cinco pontos abaixo de seu maior patamar histórico. O Dow Jones, por sua vez, fechou em alta de 0,56%, a 28.745,09 pontos.

Os índices de Nova York já operavam em alta desde o começo da sessão desta quarta, mas ampliaram os ganhos ainda no meio do pronunciamento do presidente americano, que parecia confirmar a perspectiva mais fraca de escalada das tensões geopolíticas entre os EUA e o Irã. Perto do fim da sessão, porém, os índices moderaram seus ganhos com a notícia da agência "Reuters" de que dois mísseis Katyusha teriam explodido na Zona Verde de Bagdá, região onde está localizada a embaixada americana.

Com a performance de hoje, os três índices apagaram as perdas da semana, com os investidores focando mais uma vez nos fundamentos, aparente sólidos, da economia americana e no suporte dado pela política monetária do Federal Reserve (Fed, o BC dos Estados Unidos).

Mais cedo, dados da Automatic Data Processing (ADP) e da Moody's Analytics indicaram que o setor privado do país criou 202 mil vagas de emprego em dezembro, superando com folga a expectativa de 150 mil vagas de economistas consultados pelo “Wall Street Journal”. O dado, visto como uma prévia do dado oficial de emprego, o chamado "payroll" — que será divulgado na sexta-feira (10) —, indica que o mercado de trabalho americano segue sólido.

Petróleo

Entre os índices setoriais, apenas as ações de energia fecharam em terreno negativo, recuando 1,74% na sessão. As ações foram prejudicadas pela forte queda do petróleo na sessão, com o afastamento dos receios de interrupção da oferta da commodity na região.

O contrato do petróleo Brent para março fechou em queda de 4,14%, a US$ 65,44 por barril, na ICE, em Londres, enquanto que o do WTI para fevereiro recuou 4,92%, a US$ 59,61 por barril, na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex).

Boeing fecha em baixa em NY após queda de avião no Irã

As ações da Boeing fecharam a quarta-feira (8) em queda de 1,75% na Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), cotadas a US$ 331,37, após a queda de um avião modelo 737 em Teerã, capital iraniana, e mudanças de preços-alvo.

O avião pertencia à companhia aérea Ukraine International Airlines, da Ucrânia e, segundo a Organização de Aviação Civil do Irã, 167 passageiros e 9 tripulantes morreram. O voo tinha como destino o Aeroporto Internacional Boryspil, em Kiev, capital ucraniana.

Os papéis da Boeing também sentiram as decisões do banco de investimento Cowen e do UBS de reduzirem seus preços-alvo para as ações. O analista Cai von Rumohr, do Cowen, cortou o preço-alvo de US$ 419,00 para US$ 371,00 e alterou recomendação de compra para neutro. O UBS cortou o preço-alvo de US$ 370,00 para US$ 360,00, mantendo sua recomendação em neutro.

Menos de 40% dos analistas que acompanham a Boeing recomendam a compra das ações, comparado com os 83% vistos no ano passado. Cerca de 55% das empresas com papéis listados no índice Dow Jones Industrial Average têm recomendação de compra de bancos e casas de análises, segundo informações da agência de notícias Dow Jones Newswires.

INSS pode liberar 1,9 milhão de benefícios parados


O governo projeta reduzir substancialmente, neste ano, o estoque de benefícios do INSS que está represado. De um total de 2,2 milhões de benefícios que estavam represados no dia 1º de dezembro do ano passado, a administração federal espera diminuir o estoque para apenas 285 mil até agosto deste ano.

Após acompanhar fala de Trump sobre Irã, Bolsonaro diz que Brasil não pode se omitir

O Presidente aproveitou para criticar a politica externa do ex -presidente Lula.
O presidente Jair Bolsonaro reiterou nesta quarta-feira seu apoio aocombate ao terrorismo após assistir ao discurso do presidente dosEstados Unidos, Donald Trump, sobre o conflito com o Irã. Em transmissão pelas redes sociais, Bolsonaro citou a postura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2009, quando o petista apoiou o enriquecimento de Urânio para fins pacíficos pelo país persa.
Depois de acompanhar a fala de Trump com uma cópia da Constituição brasileira em mãos, Bolsonaro afirmou: “Muitos acham que o Brasil deve se omitir no tocante aos acontecimentos. Queria dizer apenas uma coisa. O senhor Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto presidente da República, esteve no Irã. E lá defendeu que aquele regime pudesse enriquecer urânio acima de 20%, que seria para fim pacífico. Complementaria apenas com uma questão. Nós temos que seguir as nossas leis. Nós não podemos extrapolar”, afirmou.

Governo Bolsonaro avalia como positiva fala de Trump


A equipe do presidente Jair Bolsonaro considerou "moderado" e "positivo" o discurso do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, feito nesta quarta-feira (8). Para o governo brasileiro, a fala do norte-americano pode contribuir, a depender dos próximos dias, para uma estabilidade no mercado mundial.

“Foi um discurso positivo, bom para nós e para o mundo, porque foi numa linha de uma fala moderada, que deve contribuir, a depender dos próximos fatos, para uma estabilidade no mercado mundial”, disse ao blog o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno.

O ministro fez questão de lembrar que “não há nada consolidado”, mas a fala de Trump, após os ataques desta terça-feira (7) a bases americanas no Iraque, foi em uma linha, segundo Augusto Heleno, de buscar encerrar o conflito mais intenso entre Estados Unidos e Irã.

“Para nós, é muito bom, porque qualquer coisa que jogue contra a estabilidade e tranquilidade mundial pode nos prejudicar num momento em que estamos numa fase de volta do crescimento”, afirmou o ministro do GSI. Ele acrescentou que o Brasil “não quer esse tipo de confusão” e torce para um clima de paz.

Em relação às críticas ao posicionamento do governo brasileiro sobre os ataques americanos que mataram o general iraniano Qassem Soleimani, o ministro disse que ninguém pode ser a favor do terrorismo.



“O que o governo fez foi seguir o que está na nossa Constituição, de condenar qualquer tipo de terrorismo, mas não nos interessa nenhum tipo de atrito com o Irã, como disse o presidente, pois queremos manter nosso comércio com eles”, concluiu Heleno.

Lava Jato pede condenação de 14 réus por desvio e lavagem de dinheiro em esquema envolvendo a Econorte

A força-tarefa da Operação Lava Jato pediu a condenação de 14 réus em um dos processos da Operação Integração, que investiga um suposto esquema criminoso na gestão de concessões de rodovias federais no Paraná.

As alegações finais do Ministério Público Federal (MPF) foram apresentadas na terça-feira (7). A denúncia é de abril de 2018.

Entre os réus estão os colaboradores Nelson Leal Júnior, ex-diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER-PR), Hélio Ogama, ex-presidente da concessionária Econorte, os empresários Marcelo José Abbud e Adir Assad, além funcionários públicos e da concessionária (ligada ao Grupo Triunfo).

Segundo o MPF, os fatos investigados envolvem a participação em organização criminosa, estelionato, peculato e lavagem de dinheiro - praticada de diversas formas, como por meio de empresas "noteiras", aquisição de imóveis, movimentação de dinheiro em espécie, contratos superfaturados e operadores financeiros.

As alegações finais apontam que a atividade do grupo era voltada ao desvio de recursos arrecadados pela concessionária Econorte e que seriam destinados ao investimento em melhorias e manutenção de rodovias federais.

Para os procuradores da Lava Jato, os réus agiam em prejuízo do interesse público e do patrimônio da União, "gerando benefícios indevidos ao Grupo Triunfo e aos membros da organização criminosa, incluindo os agentes públicos destinatários da propina".

O MPF também pediu a condenação dos réus à reparação dos danos causados pelos crimes investigados, no valor mínimo de R$ 126 milhões - que correspondem ao valor da lavagem de dinheiro, além do dinheiro de desvios da Econorte, no montante de R$ 31 milhões.

Além disso, os réus também podem ser multados, o que é definido pela Justiça conforme critérios do Código Penal.

Investigações da Operação Integração

De acordo com o MPF, as duas fases da Operação Integração resultaram em sete denúncias e três ações civis públicas. A primeira fase, que foi a 48ª da Lava Jato, em fevereiro de 2018, prendeu seis pessoas - entre elas Nelson Leal Junior e Hélio Ogama.

Na segunda fase, a 55ª da Lava Jato, 15 pessoas foram presas em setembro de 2018, entre elas Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura e Logística e irmão do então governador do Paraná, Beto Richa (PSDB).

Ex-governador Beto Richa vira réu por corrupção passiva e organização criminosa na Operação Integração

Nesse processo que os procuradores da Lava Jato pedem a condenação dos 14 réus houve um esquema de contratações fraudulentas e desvios no âmbito da Econorte, com o objetivo de fraudar o equilíbrio econômico e financeiro do contrato de concessão, informou o MPF.

Com isso, além de gerar dinheiro em espécie para o pagamento de vantagens indevidas a servidores públicos havia o enriquecimento dos próprios administradores e funcionários da concessionário, conforme a Lava Jato.

Conforme o MPF, o ex-diretor do DER-PR foi apontado como o principal responsável pelo esquema fraudulento no órgão estatal. Ao mesmo tempo em que viabilizava os aditivos favoráveis à Econorte, Leal apresentou aumento patrimonial incompatível com os rendimentos.

Ex-diretor do DER-PR diz em delação que esquema para arrecadar propina para agentes públicos funcionou entre 2011 e 2014

A denúncia aponta que o dinheiro em espécie foi usado para a compra de um apartamento de luxo em Balneário Camboriú (SC) e para depositar em contas pessoais. Segundo a acusação, Leal recebeu, entre 2013 e 2016, mais de R$ 2 milhões em depósitos em espécie, sem comprovação de origem, nas contas-correntes que controlava.

Ex-diretor do DER diz em delação que havia 'acordão político' na CPI dos Pedágios do Paraná

ELEIÇÕES 2020: Os municípios do Pará perderam mais de 88 mil eleitores desde 2016

Em todo o estado, eleitores diminuindo 

O Pará tem 144 municípios, em setembro de 2016 a soma dos eleitores de todos eles totalizava 5.509.941 cidadãos aptos a comparecerem às urnas nas eleições para prefeitos e vereadores, já para 2020, segundo os números do TSE (aqui), o total diminui para 5.421.572, são 88.369 eleitores a menos.

O Pará perdeu uma quantidade de títulos maior que o total de eleitores da cidade de Cametá, que tem 86.151 cidadãos aptos a votarem.

Belém e Igarapé-Miri

Entre os 20 municípios com maior eleitorado, em números absolutos quem mais perdeu foi a capital, Belém-PA, que se eleição fosse hoje teria 38.393 eleitores a menos.

Já em números relativos, quem mais perdeu eleitores foi a cidade de Igarapé-Miri, capital do açaí, que viu seu eleitorado diminuir em 9,73%, perdeu 4.630 votos.

Parauapebas cresceu 5,66%

Parauapebas é o quinto maior colégio eleitoral do estado e continua crescendo, embora em ritmo menor, em 2016 tinha 149.584 eleitores e fechou o ano de 2019 com 158.048, um crescimento de 5,66% ou 8.464 votos.

O crescimento de 8.464 votos em Parauapebas, entre 2016 e novembro de 2019, ainda é bastante significativo, apenas para comparar, existem 13 municípios no Pará que tem um total de eleitores inferior ao que a capital do minério ganhou em apenas 4 anos, são eles:

1) Magalhães Barata, 8.257 votos;

2) Peixe-Boi, 8.181 votos;

3) Pau D'Arco, 7.677 votos;

4) Cumaru do Norte, 7.596 votos;

5) Santa Cruz do Arari, 7.117 votos;

6) Brejo Grande do Araguaia, 6.890 votos;

7) Santarém Novo, 6.746 votos;

8) São João da Ponta, 6.420 votos;

9) Palestina do Pará, 6.363 votos;

10) Abel Figueiredo, 6.094 votos;

11) Faro, 6.085 votos;

12) Sapucaia, 4.844 votos; e

13) Bannach, 3.141 votos.

Curionópolis perdeu eleitores

O município de Curionópolis tinha em 16.221 eleitores em 2016, perdeu 2.159 votos ou 13,31% do seu eleitorado entre o último pleito local e novembro de 2019.

Canaã dos Carajás

O município de Canaã dos Carajás é uma promessa que nunca se realiza, parece que sofre a maldição do minério, entre 2016 e 2018, ao contrário de todas as expectativas, a cidade perdeu 270 eleitores, hoje tem 39.562 votos contra 39.832 no ano de 2016.

Pode alterar

Os números disponíveis na página do Tribunal Superior Eleitoral foram fechados em novembro de 2019, o prazo para que o cidadão mude de domicílio eleitoral vai até o dia 6 de maio, os dados divulgados ainda sofrerão alterações até as eleições de outubro