Segundo o embaixador brasileiro Mauro Galvão, os encontros com o presidente chinês Xi Jinping duraram mais que o esperado e Lula estava cansado
Após dois dias de programação intensa na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva iria concluir sua visita ao país com uma entrevista coletiva nesta sexta-feira, na embaixada do Brasil em Pequim. Mas na última hora o presidente cancelou a coletiva e deu por encerrada a agenda de compromissos oficiais. Foi uma despedida em tom de anticlímax, depois de uma visita marcada por uma série de declarações fortes do presidente, de apreço à China e contra a hegemonia dos EUA.Em sintonia com a declaração do governo chinês de que a visita de Lula marca "uma nova era" nas relações bilaterais, o petista recebeu a primeira cerimônia completa de boas-vindas desde a reabertura da China em dezembro, após o fim da política de "Covid zero"
Durante o encontro aberto com o presidente chinês, Lula voltou a reforçar seu objetivo de aprimorar relações com Pequim:
— Ontem (quinta) fizemos visita à Huawei, em uma demonstração que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito em nossas relações com os chineses. Ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China — disse.
— A China irá buscar um desenvolvimento de alta qualidade, acelerar a criação de um novo paradigma de desenvolvimento e promover uma abertura de alta qualidade. Isso irá destravar novas oportunidades para o Brasil e outros países ao redor do mundo.
Além de declarações dos dois presidente, o encontro foi marcado pela assinatura de 15 acordos comerciais, em áreas como exploração espacial, comércio, agricultura e notícias.
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