A Operação Lava Jato foi, para muitos brasileiros, o símbolo da esperança de ver os poderosos finalmente responsabilizados. E embora tenha atingido empresários, partidos e lideranças de diversas correntes, Lula se tornou seu principal símbolo político.
No entanto, com o tempo, a narrativa foi invertida. Lula conseguiu reverter suas condenações com base em questões processuais, não por provas de inocência. A suspeição de Moro enfraqueceu a legalidade do processo, mas jamais anulou os escândalos da Petrobras, os milhões desviados ou os delatores que o incriminaram diretamente.
O Supremo Tribunal Federal teve papel central na reabilitação política de Lula. Ao anular suas condenações e permitir que disputasse as eleições novamente, o STF interferiu diretamente no jogo democrático, mesmo que sob o argumento de garantir o devido processo legal.
Enquanto bilhões foram desviados por esquemas de corrupção — muitos envolvendo o PT, empreiteiras e aliados —, o povo sofreu com hospitais sucateados, escolas abandonadas e obras inacabadas. Lula, ao voltar ao poder, evita qualquer autocrítica sobre os erros cometidos por seu partido, trata delações e provas como perseguição política e ainda recompõe alianças com figuras envolvidas em escândalos históricos.
A volta de Lula não representa renovação, mas o retorno da velha política, onde a impunidade vira moeda de troca e a corrupção, um mal tolerado pelo sistema.
A promessa de combater a corrupção desapareceu dos discursos oficiais, como se fosse um tema inconveniente demais para ser tratado.
O PT nunca se retratou diante da sociedade pelas alianças espúrias e pela destruição institucional provocada por anos de escândalos.