terça-feira, 22 de março de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA: Rússia diz que relações com EUA estão perto de se romper

 
Acompanhe os últimos acontecimentos do conflito, que entrou no 27º dia nesta terça-feira (22)

A Rússia declarou que relações com EUA estão perto de se romper após comentários de Biden

Biden disse que Putin pode usar armas químicas na Ucrânia e fazer ataque cibernético contra os EUA

Em entrevista, Zelensky voltou a dizer que precisa se reunir com Putin para discutir um fim para a guerra

Segundo a ONU, pelo menos 925 civis foram mortos e 1.496 ficaram feridos na Ucrânia

No domingo, a Rússia deu ultimato para rendição de Mariupol

, mas a Ucrânia não entregou a cidade

Mariupol: 4 motivos que explicam importância da cidade ucraniana para Putin
Fundamental para a campanha militar de Moscou na Ucrânia, Mariupol se tornou a cidade mais fortemente bombardeada e afetada na guerra na Ucrânia. Entenda
Por BBC
22/03/2022 09h09

Mariupol se tornou a cidade mais fortemente bombardeada e afetada na guerra na Ucrânia — tendo sofrido o impacto de ataques russos prolongados. Ela é fundamental para a campanha militar de Moscou na Ucrânia. Mas por que?

Há quatro razões principais pelas quais tomar esta cidade portuária seria uma vitória estratégica para a Rússia — e um grande golpe para a Ucrânia.

1. Garantir um corredor terrestre entre a Crimeia e Donbas

Geograficamente, a cidade de Mariupol ocupa apenas uma pequena área no mapa, mas agora está obstinadamente no caminho das forças russas que saíram da península da Crimeia.

Elas estão avançando para nordeste para tentar se juntar a colegas e aliados separatistas ucranianos na região de Donbas, no leste da Ucrânia.

O general Richard Barrons — ex-comandante das Forças Armadas do Reino Unido — diz que capturar Mariupol é vital para o esforço de guerra da Rússia.

Quando os russos sentirem que concluíram com sucesso essa batalha, eles terão concluído uma ponte terrestre da Rússia para a Crimeia e verão isso como um grande êxito estratégico."

Se Mariupol fosse capturada, a Rússia também acabaria com o controle total de mais de 80% da costa ucraniana do Mar Negro — interrompendo seu comércio marítimo e isolando o país ainda mais do mundo.

Ao resistir ao avanço das forças russas nas últimas três semanas, os ucranianos conseguiram importunar um grande número de tropas russas.

Mas esse fracasso da Rússia em garantir uma rápida captura da cidade levou os comandantes russos a recorrer a uma versão do século 21 de táticas de cerco medievais.

Eles atacaram Mariupol com artilharia, foguetes e mísseis — danificando ou destruindo mais de 90% da cidade.

Também cortaram o acesso a eletricidade, aquecimento, água potável, alimentos e suprimentos médicos — criando uma catástrofe humanitária causada pelo homem, que Moscou agora coloca a culpa na Ucrânia por ter se recusado a se render até as 5h de segunda-feira (21/03), prazo dado pelos russos.

Um parlamentar ucraniano acusou a Rússia de "tentar matar de fome Mariupol para que se rendesse"

A Ucrânia prometeu defender a cidade até o último soldado. Pode muito bem chegar a isso.

As tropas russas estão avançando lentamente para o centro e, na ausência de qualquer tipo de acordo de paz viável, a Rússia agora provavelmente intensificará seu bombardeio — traçando pouca ou nenhuma distinção entre seus defensores armados e a população civil sitiada, que chega a mais de 200 mil pessoas.

Se, ou quando, a Rússia assumir o controle total de Mariupol, isso liberará cerca de 6 mil de suas tropas — organizadas em grupos táticos de 1 mil batalhões — para reforçar outras frentes russas ao redor da Ucrânia.

Há várias possibilidades de para onde podem ser redistribuídas:
  • a nordeste, para se juntar à batalha para cercar e destruir as forças armadas regulares da Ucrânia que lutam contra os separatistas pró-Kremlin na região de Donbas;
  • a oeste, para avançar em direção a Odessa, que seria a última grande saída restante da Ucrânia para o Mar Negro;
  • a noroeste, em direção à cidade de Dnipro.                                 
 2. Estrangulamento da economia da Ucrânia

Mariupol é há muito tempo um porto estrategicamente importante no Mar de Azov, parte do Mar Negro.

Com seus ancoradouros profundos, é o maior porto da região do Mar de Azov e abriga uma importante usina siderúrgica. Em tempos normais, Mariupol é um importante centro de exportação de aço, carvão e milho da Ucrânia para clientes no Oriente Médio e além.

Há oito anos, desde a anexação ilegal da Crimeia por Moscou em 2014, a cidade está desconfortavelmente espremida entre as forças russas naquela península e os separatistas pró-Kremlin nas autodeclaradas repúblicas separatistas de Donetsk e Luhansk.
Perder Mariupol seria um grande golpe para o que resta da economia da Ucrânia.

3. Oportunidade de propaganda

Mariupol é o lar de uma unidade de milícia ucraniana chamada Batalhão Azov, em homenagem ao Mar de Azov, que liga Mariupol ao resto do Mar Negro. O Batalhão Azov contém extremistas de direita, incluindo neonazistas.

Embora corresponda apenas a uma fração mínima das forças de combate da Ucrânia, esta tem sido uma ferramenta útil de propaganda para Moscou, oferecendo um pretexto para dizer à população da Rússia que os jovens enviados para lutar na Ucrânia estão lá para livrar seu vizinho de neonazistas.

Se a Rússia conseguir capturar com vida um número significativo de combatentes do Batalhão Azov, é provável que sejam exibidos na mídia controlada pelo Estado russo como parte da guerra de informações em andamento para desacreditar a Ucrânia e seu governo.

4. Grande incentivo moral

Se a captura de Mariupol pela Rússia acontecer, será psicologicamente significativa para ambos os lados nesta guerra.

Uma vitória russa em Mariupol permitiria ao Kremlin mostrar à sua população — por meio da mídia controlada pelo Estado — que a Rússia estava alcançando seus objetivos e fazendo avanços.

Para o presidente russo, Vladimir Putin, para quem esta guerra parece ser pessoal, há um significado histórico em tudo isso. Ele vê a costa do Mar Negro da Ucrânia como pertencente a algo chamado Novorossiya (Nova Rússia) — terras russas que remontam ao império do século 18.

Putin quer reviver esse conceito, "resgatando os russos da tirania de um governo pró-ocidente em Kiev", como ele vê. Mariupol atualmente está no caminho dele para alcançar esse objetivo.

Mas para os ucranianos, a perda de Mariupol seria um grande golpe — não apenas militar e economicamente —, mas também para as mentes dos homens e mulheres que lutam em solo, defendendo seu país.

Mariupol seria a primeira grande cidade a cair nas mãos dos russos depois de Kherson, uma cidade bem menos importante estrategicamente que mal foi defendida.

Há outro aspecto moral aqui, que se refere à dissuasão.

Mariupol ofereceu uma resistência feroz — mas olhe para o custo disso. A cidade está dizimada, encontra-se em grande parte em ruínas. Ficará na história junto a Grozny e Aleppo, lugares que a Rússia bombardeou até sucumbirem, sendo reduzidos a escombros.

A mensagem para outras cidades ucranianas é dura — se você optar por resistir como Mariupol fez, pode esperar o mesmo destino.

"Os russos não podiam entrar em Mariupol", diz o general Richard Barrons, "eles não podiam entrar com seus tanques, então eles a transformaram em escombros. E é isso que devemos esperar ver em qualquer outro lugar que realmente importe para eles."

Petróleo é negociado acima de US$ 115; bolsas sobem

Os preços do petróleo operam com pequenas variações nesta terça-feira (22), após o salto de 7% no dia anterior, em meio à divisão dos membros da União Europeia sobre um potencial embargo do petróleo da Rússia, mas com persistentes temores de escassez de oferta limitando a queda da cotação internacional

Perto da 9h20 (horário de Brasília), o barril de petróleo Brent – principal referência internacional – subia 0,73%, cotado a US$ 116,46. Mais cedo, caiu a US$ 113,70. Já o petróleo WTI tinha alta de 0,61%, a US$ 112,80 o barril.


Na segunda-feira, o petróleo Brent fechou a US$ 115,62 o barril, alta de US$ 7,69 ou 7,12%, enquanto os futuros do petróleo dos EUA (WTI) encerraram a US$ 112,12 por barril, avanço de US$ 7,42, ou 7,09%.

O petróleo também recuava nesta terça em razão com o fortalecimento do dólar americano após comentários do presidente do Federal Reserve dos EUA, Jerome Powell, que sinalizou um aperto mais agressivo da política de juros para combater a inflação em alta.

O Brent atingiu US$ 139 o barril, o maior desde 2008, no início deste mês, mas tem oscilado bastante nos últimos dias em meio às incertezas sobre a guerra na Ucrânia.

A agência de classificação de risco Fitch elevou sua projeção de preços para petróleo e gás para o período de 2022 a 2024, para refletir os crescentes riscos de interrupção na oferta da Rússia em decorrência da guerra com a Ucrânia.

Para 2022, a Fitch elevou a projeção para o petróleo Brent - referência no mundo - de US$ 70 para US$ 100 por barril, em seu cenário base. Para 2023, a alta foi de US$ 60 para US$ 80 e, para 2024, de US$ 53 para US$ 60. As novas projeções também levam em conta a intenção da Europa e outros países que não pertencem ao continente de reduzir sua dependência do combustível russo, elevando a demanda em outros países produtores, tornando a oferta mais apertada
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Bolsas

Na Europa, as Bolsas operam com ganhos. Perto das 9h20, a Bolsa de Frankfurt subia 0,57%, a de Paris avançava 0,44% e a de Madri tinha alta de 0,18%. Já a Bolsa de Londres tinha ganhos de 0,42%.

Os futuros dos índices de ações dos Estados Unidos também subiam.

Na China, o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, perdeu 0,08%, enquanto o índice de Xangai teve ganho de 0,19%.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 3,15%. No Japão, a Bolsa de Tóquio encerrou a sessão de terça-feira em alta de 1,48%.


Dólar mantém queda e chega a R$ 4,90

 Na segunda-feira (21), a moeda norte-americana fechou abaixo de R$ 5 pela primeira vez desde o final de junho de 2021.

Por g1
22/03/2022 09h01

O dólar é negociado em queda nesta terça-feira (22), se mantendo abaixo dos R$ 5, engatando seu quinto pregão consecutivo de perdas, em meio à percepção de um cenário doméstico atraente para investidores estrangeiros.

Às 10h11, a moeda norte-americana caía 0,73%, cotado a R$ 4,9081. Na mínima até o momento, chegou a R$ 4,9071. Veja mais cotações.

Na segunda-feira, o dólar fechou em queda de 1,43%, cotado a R$ 4,9440. Foi a primeira vez que a divisa encerrou uma sessão abaixo de R$ 5 desde 30 de junho (R$ 4,9728). Com o resultado, passou a acumular queda de 4,12% no mês. No ano, tem baixa de 11,32% frente ao real.


quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Estados Unidos

Joe Biden condenou, em comunicado oficial da Casa Branca, a decisão de Moscou.

“O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que vai causar uma perda catastrófica de vidas e sofrimento humano. A Rússia sozinha é responsável pelas mortes e pela destruição que este ataque vai causar, e os Estados Unidos e seus aliados vão responder de uma forma unida e decisiva. O mundo vai responsabilizar a Rússia.”



Reino Unido

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, se disse chocado com o ataque não provocado da Rússia. Afirmou que Putin escolheu o caminho “do derramamento de sangue e destruição” e que o Reino Unido vai responder de forma decisiva.

França
O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou a decisão da Rússia de atacar a Ucrânia. E pediu que as operações militares parem imediatamente.

China

O Ministério das Relações Exteriores da China disse que a Rússia é um país independente e pode tomar suas próprias decisões com base em seus próprios interesses.

A porta-voz do ministério evitou falar em invasão, mas pediu que a paz possa prevalecer na região. Cobrou que as partes envolvidas retomem o diálogo e a negociação para que a situação não saia ainda mais do controle.

União Europeia

O mais alto diplomata da União Europeia, Josep Borrell, disse que a Europa vive “o momento mais sombrio desde o fim da segunda guerra mundial”. Chamou a atitude russa de “inaceitável e intolerável”.


Alemanha

O chanceler Olaf Scholz qualificou a operação militar russa de uma “violação flagrante” do direito internacional, que provocou um “dia sombrio” em toda a Europa.

“A Alemanha condena nos termos mais enérgicos possíveis este ato inescrupuloso do presidente Putin. Nossa solidariedade está com a Ucrânia e seu povo”, acrescentou Scholz em um comunicado.

Japão

O primeiro-ministro Fumio Kishida disse que o Japão condena fortemente as ações unilaterais da Rússia. Kishida disse que instruiu as suas autoridades relevantes a fazer todo o possível para garantir a segurança dos cidadãos japoneses na Ucrânia.


Bélgica

O ministro da Imigração da Bélgica, Sammy Mahdi, disse, em comunicado, que quer a União Europeia pare de emitir vistos para todos os cidadãos russos, incluindo estudantes, trabalhadores e turistas, disse o ministro do asilo nesta quinta-feira em resposta ao ataque de Moscou à Ucrânia.

“No momento, os russos não são bem-vindos aqui”, disse Mahdi, acrescentando que isso deve afetar estadias de curto e longo prazo
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Israel

Israel condenou as ações russas na Ucrânia e pediu às potências mundiais que resolvam a crise rapidamente.

“O ataque da Rússia à Ucrânia é uma grave violação da ordem internacional. Israel condena o ataque”, disse o ministro das Relações Exteriores, Yair Lapid, em um comunicado televisionado nesta quinta-feira (24).

Rússia invade Ucrânia por ar, terra e mar; ocidente discute sanções severas

A escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia dos últimos dias culminou em ataques por terra, ar e mar, que começaram na madrugada desta quinta-feira (24). Dias após uma série de ameaças e de ter reconhecido a independência de duas províncias separatistas do leste ucraniano, o presidente russo, Vladimir Putin, invadiu a Ucrânia.

Cidades como Kiev e Kharkiv, as duas maiores do país, foram atacadas com mísseis e bombas. Tropas russas também desembarcaram em Odessa, que fica às margens do Mar Negro, e cruzaram a fronteira até Kharkiv. A Ucrânia diz que a invasão é 'total'. 
Em resposta, Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, disse que o país reagiu, matando 50 soldados, destruindo 4 tanques russos e derrubando 6 aeronaves. Zelensky também afirmou que distribuiu armas ao povo e que o país adotou a lei marcial (quando regras militares substituem as leis civis comuns de um país).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022

Dólar cai para R$ 5,05, menor valor desde julho de 2021...

O dólar comercial caiu para R$ 5,053 nesta 3ª feira (22.fev.2022), uma queda de 1,07%. Esse é o menor valor da moeda norte-americana desde 1º de julho de 2021, quando chegou a R$ 5,045....

A valorização do real frente ao dólar se deve à entrada de capital estrangeiro no Brasil. As taxas de juros mais elevadas atraem recursos externos. Além disso, a B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou a capitação de R$ 55,8 bilhões em dinheiro externo no acumulado do ano até 6ª feira (18.fev.2022), último dado disponível. O câmbio chegou a R$ 5,10 na máxima e R$ 5,045 na mínima do dia....


Acionistas aprovam privatização da Eletrobras...


Oferta pública de ações primárias agora só depende da 2ª análise pelo TCU, aguardada para até abril...


Os acionistas da Eletrobras aprovaram nesta 3ª feira (22.fev.2022) a desestatização da empresa. A aprovação já era esperada pelo setor elétrico. Com isso, a oferta pública de ações primárias depende, agora, só da 2ª análise pelo TCU (Tribunal de Contas da União), aguardada para acontecer até abril.
                                                                                                              A expectativa do governo é que a privatização seja feita até maio. Esse segundo julgamento pela Corte será sobre toda a modelagem, que consiste, basicamente, na redução da participação da União na empresa de cerca 60% para menos de 45%. No dia 15, os ministros aprovaram a 1ª etapa, considerada a mais complexa sobre os valores das vendas de 22 usinas Hidroelétricas.

A privatização da Eletrobras tem por base a Lei 14.182, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro no ano passado.
                                                                                                             O processo de desestatização é extenso, por envolver diversas variáveis, como a chamada descotização das hidrelétricas da companhia. Essas usinas vendem energia pelo sistema de cotas, a preços fixos e muito baixos.  
                                                                                                        Com o fim desse sistema, implantado no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, as usinas da Eletrobras poderão passar a vender energia pelo preço de mercado. Outro ponto decorrente da privatização é a transferência de gestão da Eletronuclear e da Itaipu Binacional para uma nova estatal, a ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional S.A.), criada em setembro. Isso porque a Constituição não permite que a exploração de atividade nuclear pela iniciativa privada e Itaipu só pode ser gerida pelo governo, por causa do acordo diplomático firmado com o Paraguai....

RAFAELLA BARROS...

Esquerda festeja liberação do aborto na Colômbia, diz Bolsonaro...


O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta 3ª feira (22.fev.2022) que a “esquerda” no Brasil “festeja e aplaude” a decisão da Colômbia de descriminalizar a interrupção da gravidez até a 24ª semana de gestação. O presidente já havia criticado a decisão mais cedo e voltou a falar sobre o assunto em seus perfis nas redes sociais:    
                                                                                                                                                  “No Brasil, a esquerda festeja e aplaude a liberação do aborto até o 6° mês de gestação, lamentavelmente aprovado na Colômbia. Trata-se da vida de um bebê que já tem tato, olfato, paladar e que já ouve a voz de sua mamãe. Qual o limite dessa desumanização de um ser inocente ? Questionou o presidente.

O presidente falou sobre “bebês prematuros que superaram as dificuldades” para defender seu posicionamento contrário ao aborto....

“Quantas mães e pais não lutam com todas as forças para proteger a vida de um filho que nasceu prematuro? Quantos não choram quando perdem essa batalha? Essa luta nunca foi nem nunca será em vão. Ela existe porque existe uma vida humana a ser protegida ali”,
 disse. Em publicação anterior, Bolsonaro afirmou que as vidas de crianças colombianas estarão sujeitas a ser “ceifadas com anuência do Estado”. Quando o aborto foi legalizado na Argentina em dezembro de 2020, Bolsonaro também criticou a medida e publicou texto semelhante nas redes sociais. A decisão do tribunal colombiano ampliou a permissão já existente desde 2006 para casos em que há risco de morte para a mulher,má formação fetal e gravides por estrupo.

Agora, as mulheres colombianas poderão interromper a gestação até esse período por qualquer motivo, sem punição....

Bolsonaro, que afirma ser católico, disse anteriormente que enquanto for presidente não haverá aborto no país. Durante a campanha presidencial, já havia dito que vetaria uma decisão do Congresso sobre o assunto. Com a decisão, a Colômbia se tornou o 6º país a descriminalizar o aborto na América Latina. A interrupção da gravidez até determinado estágio também é legalizada no México (durante toda a gestação), Argentina (até a 14ª semana), Cuba (10ª semana), Guiana e Uruguai (ambos até a 12ª semana)....

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Presidente Bolsonaro participa de assinaturas de acordos com a Hungria


O presidente Jair Bolsonaro desembarcou, hoje (17), em Budapeste, capital da Hungria, para uma breve visita oficial. Ele chegou por volta das 9h20 (5h20 no horário de Brasília). Após o desembarque no aeroporto, o presidente e sua comitiva se dirigiram ao Palácio Sándor para a primeira cerimônia oficial do dia.

Bolsonaro foi recebido pelo presidente do país, János Áder, com honras militares, e em seguida os dois se reuniram. Bolsonaro também foi recebido pelo primeiro-ministro Viktor Orbán.
Às 13h30 (9h30 no horário de Brasília), Bolsonaro e Orbán participaram de uma cerimônia de Troca de Atos Internacionais e declaração à imprensa.

O ministro da Defesa do Brasil, Walter Braga Netto, e seu homólogo húngaro, Tibor Benko, assinaram um memorando de entendimento sobre cooperação no âmbito da defesa. Depois, Carlos Alberto França, chanceler brasileiro, e Péter Szijjártó, ministro das Relações Exteriores e Comércio da Hungria, assinaram dois memorandos. Um para a promoção de ações humanitárias e outro para a gestão de recursos hídricos e saneamento das águas.

Após as assinaturas, Bolsonaro e Orbán fizeram uma declaração conjunta à imprensa. O presidente do Brasil disse que considera a Hungria um grande pequeno irmão. "Pequeno se levarmos em conta as nossas diferenças nas respectivas extensões territoriais e grande pelos valores que nós representamos, que podem ser resumidos em quatro palavras: Deus, pátria, família e liberdade".

Bolsonaro disse ainda que a reunião foi útil devido à assinatura de alguns acordos e protocolos de intenções.
Na sequência, o presidente brasileiro deve almoçar com Orbán e seguir para uma reunião com o presidente da Assembleia Nacional húngara, László Köver.

Jair Bolsonaro regressará ao Brasil após os compromissos em Budapeste. Assim que chegar ao Rio de Janeiro, sobrevoará a região de Petrópolis, atingida por fortes chuvas.

Aliados atribuem recuo de Putin a Bolsonaro...

 Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) compartilharam nesta 3ª feira (15.fev.2022) memes e montagens sobre a visita da comitiva brasileira à Rússia. As postagens associam o encontro de Bolsonaro e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ao recuo das tropas russas na Ucrânia. Bolsonaro desembarcou em Moscou pela manhã e deve se reunir com o líder russo na 4ª feira (16.fev). Antes de pisar o solo de Moscou, o chefe do Executivo publicou no Twitter que já estava em espaço aéreo russo. Ele foi recebido pelo vice-ministro das Relações Exteriores, Sergey Ryabkov. Toda a comitiva brasileira usava mascara.

Nesta 3ª feira (15.fev), o porta-voz do Ministério da Defesa da Rússia, Igor Konashenkov, anunciou o retorno de algumas tropas reunidas próximo à fronteira ucraniana. Em comunicado oficial, Konashenkov disse que os exercícios foram realizados “conforme o planejado”. A transmissão foi realizada no site do ministério. Eis a íntegra da declaração (em russo). Nas redes sociais, aliados do presidente atribuíram Bolsonaro como o pivô do alívio da tensão entre os países e dizem que o presidente “merece um Nobel da paz”. O ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles e o ministro Gilson Machado (Turismo),por exemplo, compartilharam montagens do presidente como capa da revista Time, afirmando que Bolsonaro teve “papel fundamental” na crise entre os países...